PREMIAÇÕES E MENÇÕES HONROSAS
MOSTRA BRASIL DE LONGA-METRAGEM
Melhor Direção: Viviane Ferreira, por Um Dia com Jerusa
Melhor Roteiro: Severino Neto, por A Batalha de Shangri-lá
Melhor Fotografia: Gustavo Serrate, por O Céu Perdeu a Cor
Melhor Direção de Arte: Jamille Coelho, por Um Dia com Jerusa
Melhor Desenho de Som: Laurent Mis Song Estúdio, por Mito e Música – A Mensagem de Fernando Pessoa
Melhor Ator: Gustavo Machado, por A Batalha de Shangri-lá
Melhor Atriz: Débora Marçal / Lea Garcia, por Um Dia com Jerusa
Melhor Pôster: O Céu Perdeu a Cor
Melhor Filme: Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira
Justificativa: Uma competente obra de ficção, inspirada em um curta-metragem de mesmo nome. Como contar uma história que reflete ancestralidade e memória, contemporaneidade e realidade do povo negro, da mulher negra em especial e ao mesmo tempo denunciar o racismo estrutural, sem esquecer de referências positivas, afetividade e sobrevivência? Num transe cinematográfico. É isso que o filme “Um dia com Jerusa” nos proporciona. Difícil não se conectar com a força, dores e amores dessas mulheres da nossa matrilinear, africanidade.
Melhor Filme Ficção do Juri da Crítica: O Céu Perdeu a Cor, de Gustavo Serrate
Justificativa: Pela sua ousadia experimental, fugindo narrativamente do lugar comum, pela sua fotografia exuberante e a poética de sua condução.
Melhor Filme Documentário do Juri da Crítica: A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha, de Pablo Lopes Guelli
Justificativa: Pela pungência de sua temática, urgente e necessária, pela força de suas entrevistas e grande e coerente escolha de seus entrevistados.
Menção Honrosa do Juri da Crítica: Mito e Música – A mensagem de Fernando Pessoa
Justificativa: Pela fusão artística entre música, cinema e literatura, de forma coesa e bela, dando luz à jornada de toda uma vida de um homem, obstinado pela arte em si.
Melhor Filme do Juri Popular: Palavras de Rua, de Léo Batista e Paula Monteiro, Caruaru – PE 211 votos
MOSTRA BRASIL CURTA-METRAGEM
Melhor Direção: Felipe André Silva, por Cinema Contemporâneo
Melhor Roteiro: Fádhia Salomão, por Claudete e o Bolo
Melhor Fotografia: Helen Quintans, por Antônia
Melhor Direção de Arte: Nina Magalhães, por Trincheira
Melhor Desenho de Som: Carlinhos Borges e Diego Santana, por Nimbus
Melhor Ator: Pedro Wagner, por Rarefeito
Melhor Atriz: Emilly de Jesus, por Baile
Melhor Pôster: Seremos Ouvidas
Melhor Filme: Baile, de Cíntia Domit Bittar
Justificativa: Escolhemos Baile como o melhor filme, por considerá-lo um filme transgressor, potente e fresco na sua narrativa audiovisual, ao utilizar o formato vertical como uma decisão de direção consciente, que se expande de acordo com as necessidades dramáticas da história. Seu casting e direção de atores são magistrais e refletem honestamente o mundo íntimo de três gerações de mulheres, construído a partir de um roteiro impecável, coerente, bonito e inclusivo onde suas protagonistas são mostradas de forma tridimensional e complexa. Tem uma produção fantástica que nos permite apaixonar por este universo narrativo, tão próximo do quotidiano, mas onde podemos reconhecer um grande trabalho e planejamento na seleção de locais, figurinos, direção de fotografia e todos os departamentos que compõem a equipe cinematográfica, para ser incluídas como espectadoras de forma orgânica e natural nessa maravilhosa jornada audiovisual que é o filme.
Menção Honrosa pela animação final de Marcos Andrés Caraciolo, por Trincheira
Menção Honrosa para o personagem do documentário (póstumo) Alê do Rosário, por Alê – Resistir Pela Existência
Menção Honrosa para a visibilidade da comunidade e temática relevante da direção de Larissa Nepomuceno, por Seremos Ouvidas
Menção Honrosa para o ator de dublagem em uma animação, Isaac Bardavid (voz do personagem do Jeremias), por Celaticomus
Menção Honrosa para FX e maquiagem de Lua Tiomi, por Antônia
Menção Honrosa para a trilha Sonora feita por Piratas FM – Banda Sonoro e Sound Design, por Em Cima do Muro
Menção Honrosa para o documentário Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud
Melhor Filme do Juri da Crítica: Playlist
Justificativa: Em uma abordagem moderna e inventiva, o curta fragmenta o tempo nos colocando no caldeirão de emoções que é a relação entre os três amigos e o amor perdido. A preocupação com cada detalhe da mise-en-scène nos revela informações preciosas que pedem atenção do espectador para construir uma narrativa densa, mas ao mesmo tempo divertida.
Menção Honrosa do Juri da Crítica: Baile
Justificativa: O curta articula uma encenação delicada e imersiva através de uma proposta de enquadramento vertical e plano longo que conseguem captar os anseios dos personagens.
Melhor filme do Juri Popular: O Colecionador, de Chistian Jafas, Felipe Davison, Tiago Bravo e Vinicius Carvalho, Niterói – RJ 760 votos
MOSTRA AGRESTE
Melhor Direção: Tiago Neves, por Remoinho
Melhor Roteiro: Antonio Fargoni e Karla Ferreira, por Caminho das Águas
Melhor Fotografia: Antonio Fargoni, por Caminho das Águas
Melhor Direção de Arte: Eduarda Morais e Mariana Araújo, por Rocha
Melhor Desenho de Som: Orquestra Imaginária PIOC, por O Repto
Melhor Ator: Sebá, por Sebá – Faces das Artes
Melhor Atriz: Zezita Matos, por Remoinho
Melhor Pôster: Pare, Olhe, Escute
Melhor Filme: Pega-se Facção, de Thais Braga
Justificativa: Apresentou-se, no conjunto de seus aspectos constituintes, como melhor filme pelo enfoque na existência de mulheres-costureiras, através de uma condução sensível da qual também emerge a trajetória de mulheres-mães a se refletirem em suas filhas por meio de dois olhares acerca dessa continuidade: tanto no que isso condensa de dureza e determinismo, quanto no impasse relativo à superação da falta de perspectivas de um destino diferente. Sendo assim, a narrativa se irmana às metáforas visuais e ao registro do momento histórico como retrato de questões sociais que aludem às questões de gênero atreladas às memórias e à história social do Brasil.
Menção Honrosa ao David do filme Bravo, Antônia do filme Antônia, Zanata do filme Zanata, fotógrafo do campo e aos Realizadores estudantes da Escola Municipal Alfredo Pinto Vieira de Melo, localizada no povoado de Itaúna em Caruaru-PE do filme Açude 50.
Justificativa: Representações de personagens da vida real que, mesmo em meio a adversidades,expressam protagonismo de (re) existências no mundo e contribuem com as narrativas de suas trajetórias para a sobrevivência de artes e memórias.
Menção Honrosa para a trilha sonora do filme O Abraço Logo Vem
Justificativa: A trilha sonora contribui plasticamente para a arte dessa animação conferindo-lhe lirismo.
Menção Honrosa para a fotografia e montagem do filme Reisado
Justificativa: O filme possui uma montagem que permite um avanço na narrativa, de modo suave, que se apresenta de maneira muito bem atrelada a trilha sonora. A fotografia faz emergir ainda mais a luz e as cores dos personagens que com alegria mantêm a tradição do Reisado.
Menção Honrosa para o roteiro do filme Era Para Ser Nosso Road Movie
Justificativa: Ao roteiro devido aos moldes inspirados pelo gênero carta que, de modo sensível, estabelece interlocução com um receptor ausente, ao emitir afetivamente as fragilidades do distanciamento de suas trajetórias também marcadas pelas incertezas da carreira audiovisual.
Melhor Filme do Juri da Crítica: Reisado, de Dan Victor e Val Barreto
Justificativa: Fazer um documentário competente sobre qualquer tema não é fácil. Ultrapassar isso e utilizar uma estética autoral em prol do engrandecimento do tema é um diferencial raramente encontrado e foi um dos elementos que contribuíram para que Reisado se destacasse em uma mostra com tantos excelentes trabalhos. Reisado cruza com responsabilidade os limites do simples registro, com direção, fotografia e montagem se destacando pela construção da narrativa.
Menção Honrosa do Juri da Crítica: Pega-se Facção, de Thais Braga
Justificativa: Pelo respeito demonstrado com o tema, pela execução técnica primorosa e pelo alerta necessário gerado pela temática, potencializada pelo trabalho notável de direção.
Melhor Filme do Juri Popular: Era Pra ser o Nosso Road Movie, de Carolina Timoteo, Aracaju – SE 915 votos
MOSTRA LATINO-AMERICANA
Melhor Filme do Juri da Crítica: Veo Veo, de Tania Cattebeke
Justificativa: Por tratar de um tema universal urgente, em um microcosmo que valoriza o regionalismo, aliado a uma direção e roteiro ricos de significados implícitos.
Menção Honrosa do Juri da Crítica: Doce Espera
Justificativa: o domínio do ritmo pela direção e montagem, como também a atuação precisa da protagonista, constroem um filme realmente envolvente.
Melhor Filme do Juri Popular: Conventillo, de Lucia Horvath, Argentina 187 votos
MOSTRA NORDESTE
Melhor Filme do Juri da Crítica: Marie, de Leo Tabosa
Justificativa: Pela junção de rigor técnico, especialmente na direção de fotografia, e delicadeza narrativa, competente em construir personagens densos e com forte conexão afetiva.
Melhor Filme do Juri Popular: Hoje sou Felicidade, de João Luís e Tiago Aguiar, Recife – PE 943 votos
MOSTRA ADOLESCINE
Melhor Filme do Juri da Crítica: Minha Querida Ansiedade, de Paulo Ernesto
Justificativa : Um filme que ultrapassa a tela e toca talvez no maior problema da adolescência, a obra é o diálogo com os dramas da juventude. Filme necessário, bem dirigido e com uma fotografia que trabalha a serviço do filme.
Melhor Filme do Juri Popular: Minha Querida Ansiedade, de Paulo Ernesto, São Paulo – SP 2630 votos
MOSTRA INFANTIL
Melhor Filme do Juri da Crítica: Antes Que Vire Pó, de Danilo Custódio
Justificativa: Com ternura, o curta aborda de forma lúdica o áspero tema da finitude, de modo a emocionar não só os pequenos, como também os adultos, com muita qualidade técnica.
Melhor Filme do Juri Popular: Onde Fica a Casa do meu Pai? de Pedro Furquim, São Paulo – SP 1573 votos